O que a escola faz com a tecnologia? E o que a tecnologia faz com a escola?
Alberto Tornaghi*
Quando nós educadores nos deparamos com perguntas como essas, a primeira resposta é que a tecnologia nada faz, quem faz algo na escola são os educadores, os alunos, os gestores, enfim, a gente que está lá. A tecnologia seria uma espécie de ferramenta que nos permitiria dar aulas com maior eficiência. Quero convidá-los então, a refletir sobre o que fazem as tecnologias na escola.
Vejamos a internet como fonte de pesquisa e de informações. É recorrente a reclamação de alunos que apenas copiam e colam informações da internet e apresentam textos como trabalhos seus. Não há dúvida de que isso acontece, mas não é diferente do que ocorria, com frequência, no tempos das enciclopédias em papel. em que sentido a internet nos permite ir além disso? No exercício de autoria. Há diversos modos pelos quais a internet pode contribuir para que a pesquisa escolar se transforme em processo de criação real e de autoria. Um deles pode ser radicalizando a experiência de opiar e colar: pode-se sugerir aos alunos que criem um texto que seja, de fato, uma colagem de trechos de outros textos, mas que inclua mais de uma fonte (ao menos três ou quatro). Ao copiar os alunos devem selecionar as fontes. Para reunir fragmentos de muitas fontes, produzindo um texto que tenha sentido, precisarão fazer leitura crítica dos originais. Se puserem breves comentários de forma a simplificar ou amplificar alguma explicação - informando por que escolheram aqueles trechos - estarão experimentando um pouco do que é a vida do cientista.
Pode-se ir além. se a produção dos alunos tiver como foco ensinar aos colegas os temas que estudaram, o trabalho poderá ser publicado tanto na rede local da escola como na própria internet, em algum blog. Desta forma, a produção dos alunos deixa de ter como destino o fundo da gaveta do professor e passa a ter função social. Observe, então, que, neste caso, a internet funciona não só como fonte de pesquisa, mas também, como espaço de publicação. (...)
Leia o texto na íntegra na revista TV Escola de Março/ Abril 2010. Leia também outros artigos (todos muito interessantes) baixando a revista completa!
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